Cavaquinho
O cavaquinho, braguinha, braga, machete, machetinho
ou machete-de-braga é um instrumento cordofone que
soa por dedilhado, menor que a viola, de grande
popularidade como acompanhador e mesmo solista nas
orquestras do povo. O ponto é dividido em 17 trastos;
tem quatro cordas de tripa ou de metal, afinadas normalmente
em ré-si-sol-sol, mi-dó#-lá-lá, mi-ré-si-sol, ré-si-sol-ré ou,
mais raramente, em mi-si-sol-ré (este mais utilizado por pessoas
que já tocam violão e não querem ter que aprender outros acordes).
O efeito assemelha-se ao do bandolim ou da bandurrilha.
É um instrumento fundamental nas tunas académicas em Portugal,
normalmente com a afinação ré-si-lá-mi.
O cavaquinho, segundo Gonçalo Sampaio, é procedente de Braga,
tendo sido criado pelos Biscainhos. O cavaquinho tem uma afinação
própria da cidade de Braga que é ré-lá-si-mi.
Além de Portugal, é usado em Cabo Verde, Moçambique e Brasil.
No Brasil esse instrumento é usado nas congadas paulistas
e forma historicamente o conjunto básico, junto com o bandolim,
a flauta e o violão, para execução de choros. Waldir Azevedo é
o mais conhecido músico de choro que tocava esse instrumento.
Considerado, ainda em vida deste, como seu sucessor, o músico
paulista Roberto Barbosa, mais conhecido por Canhotinho, é hoje
considerado uma das principais referências no instrumento, por
ter aprimorado a técnica deixada por Waldir Azevedo. Canhotinho
é há cerca de 40 anos o arranjador do renomado conjunto de samba
Demônios da Garoa.
As ilhas do Havaí têm um instrumento similar ao cavaquinho
chamado ukulele, também com quatro cordas e um formato semelhante
ao do cavaquinho, que se julga ser uma alteração do cavaquinho,
trazido por emigrantes portugueses em 1879.
Actualmente o cavaquinho é instrumento obrigatório nas rodas
de samba e afins como nos desfiles das escolas de samba
espalhadas pelo mundo fora.
Tudo sobre o cavaquinho aqui
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